quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Andar.


A mesma sensação de quando via um prédio alto e ao olhar para cima lhe dava tontura uma sensação engraçada de estar andando entre gigantes e não era mesmo?
Ali ela gostava de ver aquelas luzes a noite que vinha das janelas, cada vida dentro de um quadradinho de luz em cada prédio.
E quando caminhava a noite sentia - se livre, pois durante os últimos tempo no mundo contemporâneo se tornou algo extremamente perigoso andar só e pelas cidades a noite.
A sensação era indescritível e simples. Colocar o casaco, as botas e andar entre os imensos prédios em um local distante de casa só para ficar mais aguçado e emocionante.
Quanta gente no bar, quanta gente nos clubes, quanta gente por aí, mas não tem graça andar de madrugada com alguém, a não ser se a mesma pessoa possuía em si um espírito infantil como o dela de aventurar nas ruas, simplesmente andar entre os casarões entre uma esquina e outra. Em um canto qualquer, num lugar alto subir e admirar todas aquelas luzes de cima e criar pensamentos variados.
O sono vem, agora é só voltar pra casa e ir dormir e sonhar.
Sonhar que voava entre os prédios, que existe alguém capaz de se aventurar livremente, com as mesmas intenções incertas de se divertir maneira estranha e de ser livre. Sem obrigações sentimentais. Apenas livre.

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