segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O vento morria de tédio
porque apenas gostava de cantar
mas não tinha letra alguma para a sua própria voz,
cada vez mais vazia...
tentei comprida como a vida
e com aventuras espantosas que eu inventava de súbito,
como aquela em que menino eu fui roubado pelos ciganos
e fiquei vagando sem pátria, sem família, sem nada
neste vasto mundo...
mas o vento, por isso
me julga agora como ele...
e me dedica um amor solidário, profundo!


- Mário Quintana

Nenhum comentário:

Postar um comentário